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É
uma famosa gruta, situada num outeiro, adjacente à Serra dos Candeeiro,
ao qual dão o nome de Cabeço de Turquel. Distancia-se três quilómetros
da vila, para leste.
A
entrada da gruta é uma estreita fenda aberta no rochedo. Ao fim de alguns
metros por entre apertadas paredes, com a forma de um corredor, com
bastante declive, há uma espaçosa “sala”,
que apresenta de forma original e de curioso aspecto da sua decoração
baseada em estalagmites e estalactites, exibindo as mais variadas e
caprichosas formas, o que dá a entre recinto a aparência de um templo gótico.
Daqui
parte uma galeria, cujo o solo vai gradualmente subindo, e cujas paredes e
tectos são também ornamentados por belas colunas.
No
extremo desta galeria, houve antigamente uma abertura, que dava comunicação
com o exterior.
O
conhecido arqueólogo Sr. Joaquim Possidónio
Narciso da Silva veio em 1869 observar esta gruta, mandando então
prosseguir com escavações, descobrindo diversas camadas de cinzas e
ossos. O Sr. Possidónio julga ter servido de necrópole aos povos
primitivos.
Estação
arqueológica do Paleolítico
Tipo
de Estrutura – Gruta natural
Classificação
cronológica – Paleolítico ( ? )
Lugar
– Charneca do Rio Seco
Localização
Geográfica – Carta Militar Portuguesa, escala 1:25 000, 327
Turquel ( Alcobaça), Altitude aproximada 240 m.
Geomorfologia
– Gruta aberta no calcário Jurássico superior na vertente NO do
Cabeço de Turquel. Zona florestal. |
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Escavações:
(1869)
– Escavações de Joaquim Possidónio da Silva.
(1881)
– Escavações de Carlos Ribeiro. |
Descrição
da estrada – A estrada, de ogival, conduz a uma grande sala de
onde parte uma pequena galeria. Tem enchimento. A estratigrafia da
gruta é mal conhecida mas depreende-se de Pinho Leal, 1873 e de José
Diogo, 1908, que teriam existido quatro níveis distintos:
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Deposito recente pouco espesso.
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Camada de Cinza e ossos (alguns deles já concrecionados)
bastante espessa e ocupando todo o centro da gruta.
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Camada de areia
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Camada de Cinza e Ossos semelhante à Segunda.
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Os níveis eram o 2 e o 4. O espólio
foi encontrado a 60 cm e 150 cm de profundidade. |
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Espolio
– Segundo os autores citados anteriormente e uma ficha manuscrita
do Museu Geológico de Portugal, o espolio seria o seguinte:
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Ossadas humanas ( ? )
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Ossadas de carneiro
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Chifres de veado
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Objectos de sílex lascado |
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