Vila da Benedita

 

Benedita, com cerca de 8 359 habitantes residentes ( e cerca de 10 000 presentes), é uma das freguesias mais progressivas do concelho de Alcobaça, de cuja dista 15 quilómetros.  Espraia-se pela zona a oeste da beira da Serra dos candeeiros onde é desventrada pelas estradas N.º 1 ( Lisboa – Porto) e 8–6  ( que liga a região ribatejana com a cosmopolita praia de Nazaré, pelo que geograficamente, está situada num centro privilegiado por turismo, como Alcobaça, Nazaré, Batalha, Caldas da Rainha, Rio Maior e, ainda a cerca de 42 quilómetros de Leiria, a cujo distrito pertence, e a 83 quilómetros, da capital e Patriarca.

Não tem grandes pergaminhos históricos e julga-se que não  remonta muitos séculos a sua existência, embora haja quem defenda a sua pré-nacionalidade, mas ao certo é que o seu repovoamento teve origem na vinda dos frades cirtecences para Alcobaça no século XII e consequentemente de colonos para a exploração agrícola de toda esta região dos Celebres “Coutos de Alcobaça”

A criação da freguesia, cujos povoados pertenciam aos termos de Alvorninha, Santa Catarina, Turquel e Rio Maior (segundo a Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) é raro no país, e por isso “aparece” bastante controversa e até embrenhada por lendas, pelo o nome da sua ordem – BENEDICTA – que segundo Frei Agostinho de Santa Maria se deve à aparição de Nossa Senhora da Benedicta; há, como referimos, quem dê como já existente antes da cinda dos monges e, não obstante, a maioria dos autores consagrados afirmam “foi aqui a primeira casa de oração dos monges”, o que poderá confirmar a sua já existente ermida ou, se possa simplesmente deduzir , que os monges Bernardos “vindos de Lisboa ao chegarem ás terras, “terras prometidas”, é naturalmente que ai permanecessem e, obviamente, fizessem a sua oração.

Enfim, ao certo, há uma carta do cardeal-infante D. Afonso, filho do Rei Manuel I, datada de 20 de Dezembro de 1532 que leva a ermida de N.ª S.ª da Benedicta a curato, presumindo-se portanto, que seja esta a datada criação da paróquia e freguesia da Benedita.

Foi nas ultimas décadas do século que se deu a autentica exploração do progresso nesta terra, mercê de espirito bairrista e comunitário dos seus, então, quase 6 000 habitantes.

Na década de 50 destacam-se obras como a construção da actual Igreja,  rasgaram-se algumas avenidas e arruamentos e a electrificação da sede da Freguesia.            

Os anos 60 e seguintes foram essencialmente marcados pela transição da agricultura e produção de cereais para exploração avícola e pecuária e pela transição industrial artesanal para industria mecanizada, graças a uma experiência piloto do “Desenvolvimento Comunitário”. Efectivamente, varias empresas individuais se associam e criam novos e importante complexos fabris onde se empregam mais de 4 500 pessoas, repartidas pela indústria de calçado,  cutelaria, marroquinaria, exploração de pedreiras, artes gráficas, mármores, cerâmica, madeiras, serralharia civil, artigos de cirurgia, parafusos, rações para animais, enfim todo o conjunto de mais de 100 unidades fabris que atingem valor considerável na economia da região e até nacional.

Tem a Benedita um comércio moderno e rico em variedades de artigos, sendo também de salientar um dos mais importantes mercados mensais no dia 6 de cada mês e ainda um mercado diário.

A parte todo este desenvolvimento, não foi descuidada a promoção cultural e, assim, em 1964 foi criado o Instituo  Nossa Senhora da Encarnação–Cooperativa de Ensino S. C. R. L., estabelecimento de ensino liceal e técnico foi considerada uma iniciativa invulgar por se tratar de uma cooperativa de ensino. Hoje são ali ministrados os cursos unificados, complementares e Técnico profissional até ao 12º ano, Cursos Gerais e Complementares Nocturnos a cerca de 1 500 alunos.

Em 1972 foi criado, também a Escola Preparatória, que possui actualmente edifico próprio e é frequentada por mais de 600 alunos.

Na freguesa existem 13 Colectividades que de uma maneira geral têm grande actividade desportiva e cultural.