Moita do Poço

 

Lugar a 4, 3 km de Turquel Situado no sopé da Serra do Candeeiros.

Tem uma capela recente, uma escola primária.

Esta localidade , devido á sua localização, tem a industria extractiva fortemente implantada.

 

"Crêem os habitantes da Moita do Poço haver ali nascido o ousado guerreiro que em antigas eras foi de Elvas a Badajoz arrebatar o estandarte castelhano, como rezam velhas crónicas."

 

In “Memórias de Turquel” José Diogo Ribeiro pag. 94

 

Moita do Poço é lugar da nossa freguesia cuja a idade se perde na poeira dos tempos; a 4 Km da Sede, no sopé da Serra  dos candeeiros, o seu povo vive deliciado com o ar sadio, embebido do cheirinho inebriante do alecrim e aconchegado do bucolismo campesino, ainda longe dos malefícios da poluição; a estrada nacional 1, que fica a poucas centenas de metros, peca fortemente pela falta de uma passagem aérea para defesa das vidas de quem a tem que atravessar.

De tradicional saliência económica, a Moita do Poço viveu até há poucas décadas agarrada ao pastoreio, extracção e lavragem de pedra. A que não é alheia a laboriosa família Eugénio.

Com gleba de terra “delgada”, produtiva de diversos produtos agrícolas básicos para a alimentação, onde o mel não anda arredio noutros tempos destacava-se o azeite, justificando-se por isso a existência de lagar de onde saíam anualmente centenas de almudes do preciosos óleo – e lares mais risonhos com as jornas  que um punhado de trabalhadores ali auferiam.

Era bem conhecido o lagar da Moita do Poço de que foi primeiro, proprietário, Manuel Coelho Norte, passando para as mãos do conceituado negociante Joaquim Luís. Com uma boa sede recreativa e uma idealizada capela onde pontifica a bela imagem de Nª Srª da Ascensão, o aglomerado compõe-se de 116 fogos e entre os moradores21 têm mais de 80 anos, cabendo a honras da longevidade ao Sr. Manuel dos Santos que conta 92 Natais.

A todos os menos  novos da Moita do Poço, Jornal de Turquel augura que os ares lavados da Serra lhes acrescente idade e saúde”

 

Jornal de Turquel,  Ano5, Nº 44, Dezembro 1994