Santa Catarina

 

Foi uma das treze vilas dos Coutos de Alcobaça, cujo donatário era D. Abade dos Bernardos do Mosteiro de Santa Maria.

Sede do Concelho, teve forca e pelourinho esse que ainda hoje se implanta no Largo da Igreja e constitui um sinal que teve Justiça própria.

Recebeu carta de foro em 1397, qual são definidos de uma forma precisa os limites do Couto de Santa Catarina e sua fronteiras, além do tipo de relação a estabelecer entre os colonos e o Mosteiro.

O primeiro Foral foi-lhe concedido pelo D. Abade de Alcobaça, Frei João Martins, em 1333. Estas terras já estavam na posse dos monges cistercienses há bastante tempo, mas como aqui a população era menos densa que no norte e centro dos Coutos, a atribuição do foral aconteceu em época posterior.

Ao longo do séculos XIV e XV Santa Catarina progrediu de tal maneira no capitulo comercial e agrícola que uma das estradas de ligação dos Coutos a Santarém passava por lá. Já designada  por vila, o seu mérito foi reconhecido por D. Manuel I que, em 1518, lhe conferiu um segundo foral, o Foral Novo, reflectindo o desenvolvimento experimentado pelo Concelho.

O Cadastro de 1527 dá trinta e um moradores na vila e sessenta e nove no termo. O Padre Carvalho Costa diz que era a única vila dos Coutos que não estava subordinada o mosteiro no aspecto espiritual.

Até 1834 teve duas Companhias de Ordenança, cada uma com trezentos homens, com os seus competentes capitães e restantes oficiais.

A Jurisdição das autoridades municipais abrangia antes de 1836 a freguesia vizinha de Carvalhal Benfeito. Com a extinção do Concelho de Santa Catarina, a povoação de Carvalhal Benfeito ligou-se a Caldas, tal como sucedeu a Salir de Matos, antiga vila dos Coutos de Alcobaça. Esta anexação levou a que se gerasse também em Santa Catarina um movimento semelhante para o desmembramento de Alcobaça, mas tal processo não foi pacifico e, por isso, surgiram muitos problemas na vila entre 1836 e 1898, até que finalmente ficou a pertencer ao concelho de Caldas da Rainha.