Vimeiro

 

Uns quilómetro abaixo de Santa Catarina e já pertencendo ao concelho de Alcobaça, surge a povoação do Vimeiro. Esta existia já em 1296, segundo o auto da demarcação das Igrejas dos Coutos, citado por Frei Fortunado de Boaventura. Quando em 1296 e por ordem do Bispo de Lisboa D. João Martins Soalhães fez um delimitação das freguesias dos coutos, a granja do Vimeiro foi incluída na freguesia de Alvorninha.

Hoje só resta desses passado longínquo a Quinta do Vimeiro, já deteriorada pelo tempo, ostentando no portal da entrada a data de 1636.

Situada num vale aprazível, fértil e residente, rodeada de belos pomares, deve ter sido uma Quinta encantadora. Porém, hoje pouco resta do seu esplendor passado... As paredes deterioradas e algum abandono transformaram-na numa triste imagem do que seria outrora.

 

Casa da Quinta do Vimeiro

Varanda alpendrada com colunas, arco sineiro, escadaria exterior e, no rés-do-chão, duas arcadas de acesso às arrecadações.

Nas proximidades do vimeiro, existia uma extensa mata de sobreiros, Mata das Mestas, que era dependente da Quintas do Vimeiro e pertencia ao Mosteiro de Alcobaça.

Esta grande mata estendia-se pelo concelho de Salir de Matos ( que dessa circunstância tirou o nome e de além dos sobreiros tinha carvalhos, como o topónimo Carvalhal sugere.

Quanto a personalidades, importantes do Vimeiro há a considerar o Dr. João da Silva Rebelo, doutor em Teologia ou Cânones pela Universidade de Coimbra. Nasceu em 1710 no Sortam, lugar da freguesia do Vimeiro, concelho de Alcobaça. Foi autor do “Palito Métrico” e outras composições poéticas, que junto a outras de outros vários, integram a obra “Macarronia Latino-Portuguesa”.

O padroeiro da freguesia é S. Sebastião, festejado nos dias 22 e 23 de Janeiro.