Turquel, no dia 25 de Maio, Feriado de Corpo de Deus, foi palco de mais uma manifestação religiosa: a procissão. Tal acontecimento, raro nos nossos dias, e em Turquel realizado uma ou duas vezes por ano. Não deixa de ser uma tradição com a seu quê de beleza. Na Enciclopédia Portuguesa Brasileira, procissão tem a seguinte definição (cerimónia, função, cortejo religioso em que o clero e os fiéis tomam parte , debaixo de forma e geralmente ordenados em alas que percorrem um certo trajecto, cantando preces ou levando em exposição a hóstia consagrada, a imagem de um ou mais santos, ou alguma relíquia digna de veneração).

Em Turquel, a procissão não é diferente da de outras terras: tocam os sinos, o cortejo parte da igreja mãe e percorre as ruas principais, a Banda Filarmónica marca o andamento com uma marcha apropriada, o prior de trajes vistosos sobressai por debaixo pálio e os fiéis envergando roupas “ de ir à missa” seguem logo atrás . Neste dia tudo se passou assim. Contudo, todo o aparato que se verificara há anos atrás, colchas lindíssimas às janelas de onde eram atiradas pétalas de rosa, ou simplesmente pedacinhos de papel, uma alegria evidente foi uma manifestação monótona, sem vida. Realiza-se cada vez com menos frequência, porque da parte das autoridades religiosas não parece haver  vontade em fazê-lo, a procissão em Turquel está condenada a desaparecer, tal com as muitas festas religiosas que antes aqui se realizaram.

Seria bom ver Turquel o ambiente alegre e cativante da “Procissão de João Villaret , uma quadra popular que a sua voz magnifica e o jeito de recitar tão bem ilustraram:

"Tocam os sinos

Na igreja

Vai passando a procissão”