Misericórdia

 

A misericórdia desta vila compreendia-se entre o conjunto de dois templos: a Norte o do Senhor do Hospital e o da Misericórdia ao Sul.

No reinado de D. João IV instituiu-se ali a Misericórdia, a requerimento do povo. A antiga igreja do Espirito Santo deixara o padre Romão Ferreira da Guerra umas propriedades, sendo estas depois nessas propriedades onde se estabeleceu o hospital da Misericórdia.

Entre os anos de 1709 a 1733, e por ultimo em 1747 e 1748, a igreja da Misericórdia serviu de paróquia, fazendo-se então nela os enterros.

Entre os benfeitores da Misericórdia da Turquel, destacam-se os padres Ambrosio Guerra e Romão Guerra, á qual deixaram duas moradas junto à capela do Espirito Santo, assim como outras doações constituíam o fundo permanente da Misericórdia, que começou a funcionar 1651, sendo eleito seu primeiro provedor o turquelense DR. Frei Gerardo Pestana, Dom Abade Geral do mosteiro de Alcobaça.

Em 1697 foi constituída na igreja da Misericórdia a confraria das Almas, da qual era seu juiz o provedor da Santa Casa, servindo de mordomos dois irmãos da mesma. Para essa confraria pagava-se quantias anuais, segundo o estado civil e o sexo pertencente

Por provisão régia de 15 de Julho de 1765, todas as misericórdias do conselho de Alcobaça foram totalmente integrado nos bens da Misericórdia de Alcobaça. O abade de Alcobaça, Frei Manuel de Mendonça teve papel fulcral neste acontecimento, a Misericórdia de Alcobaça, que ficou obrigada á ostentação de um hospital para os pobres de todas as freguesias.

No tempo da invasão francesas arrombaram-lhe as portas, alojando-se nela tropas, e até cavalo, e a partir dessa época nunca mais serviu de lugar de culto. 

A Bandeira da Misericórdia tinha de um lado N. S. da Misericórdia e do outro N.S. da Piedade.

Deve-se á irmandade da Piedade a existência da misericórdia porque foi baseado na primeira que nasceu a Segunda.